sexta-feira, 4 de abril de 2008


Pedra molhada

Sempre que o meu mar
se exila:

pedra molhada,
grão solidão,
areia insone,
pé-de-vento,
porto inseguro,
lua vaga vagueia,
olhar marujo,
flor e bulbo,
osso e cão.

Sempre que o meu mar
se exila...

navego.


Maria Maria

3 comentários:

Moacy Cirne disse...

Oi, um poema que reflete sentimentos e momentos: momentos fluviais. E você é uma navegante das palavras... Beijos.

Maria Maria disse...

Obrigada, Moacy, pelos olhares!!! Beijos

Iara Maria Carvalho disse...

quando nos exilamos em palavra, vem sempre a onda para nos naufragar...

de belezas composto, seu poema é um hiato entre o céu e o mar...

visite minha Janela, Maria! Ela se abriu para o sol e está novinha novinha, como o nosso Seridó!

Um beijo!

Iara