domingo, 16 de agosto de 2009


À luz de candeeiros

As tardes de um ontem longe
acendem as minhas janelas
à luz de candeeiros
e trazem lembranças sinestésicas:

o cheiro de uma tarde de chuva,
o aroma do café coado no pano,
o sabor da broa de leite.

Em que baú de mim
guardei a rústica parede da infância?
em que tijolo salitre se escondem
meus insólitos segredos?

Maria Maria

8 comentários:

Moacy Cirne disse...

Um poema danado de bom,
capa de guardar
"a rústica parede da infância".

Um beijo.

Canto da Boca disse...

Belo não apenas pela memória de-gustativa; mas pelas inquietações que os cheiros causam, sempre!

Beijos, ótima semana!!

;)

Unknown disse...

Lindo!

A saudade, faz o ontem ficar mesmo muito distante.

"Em que baú de mim
guardei a rústica parede da infância?"

Maravilhoso!!!!

Beijos

Mirse

Daufen Bach disse...

Olá Maria,

teus versos tão densos e, ao mesmo
tempo cheio de sutilezas. Esses dias
a falar com Patrícia dizia das coisas da infância.
tenho a impressão que, como ja disse algum poeta,
a infância ou a adolescência destes que escrevem versos,
jamais passará.
Parabéns pela linda poesia.

Abraço a ti e tenha uma linda semana.

daufen bach.

Zilda Freitas disse...

Oi, Maria. Li seus textos. Adorei!
Tão sensíveis... Você tem estilo
e voz própria. Parabéns pelo nível
intelectual e lírico do seu blog.
Cuide-se bem. Beijos.

Zilda Freitas

Fahad M. Aljarboua disse...

Bravo!! Bravo!! Bravíssimo!!

E ainda foi minha professora!! =D

Fahad M. Aljarboua disse...

Maria Maria!!

Tenho um blog com poesias e alguns textos, http://infinitoefinito.blogspot.com

Vale a pena visitar!!

Marcelo Novaes disse...

Os candeeiros, cá
de cima, alumiaram
a meninice


[do post logo abaixo...]







Beijos,






Marcelo