terça-feira, 10 de junho de 2008

Delírio ao amanhecer

Meus seios acordaram meninos.
Tão ausentes de sua essência,
involumosos,
tímidos,
miúdos.

Meus seios
(antes abóbada)
estavam virgens
de outras mãos,
olhares, desejos...

À noite
(quando a lua despertar)
meus seios tornar-se-ão
chumaço de puro algodão
e massa firme em delírio.

Maria Maria

2 comentários:

Moacy Cirne disse...

Maria MARIA Maria: o primeiro verso - puro alumbramento - vale por todo um poema. Beijos.

Moacy Cirne disse...

Seu primeiro verso virou pedra-de-toque no Balaio de hoje. Um abraço, Maria do Seridó.