sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


Permanência

Que o instante mudo
da manhã recém-nascida
se permaneça.
Que eu me permaneça,
em mim.
Outro poema e autor que merece
fazer parte desta casa.

Maria

Da sua janela
Você espia
A vida bela
De um povo seridó...
Um povo que deixa-se pintar
Na tela da poesia...
Um poema?
O padeiro assoletrando a palavra PÃO às 5 da matina...
Bela forma o seu enfeite
De boneca de pano
Deixando cair o véu
Das espigas de milho
E brotando a mulher
Da roça nordestina...

Abraços
Oreny Júnior

30 de Janeiro de 2009 15:45

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Esse poema merece estar aqui.

PARABELA

Você é bela rebela
As pétalas do coração
Terna entorna retorna
Contorna a escuridão

Que tange a noite pro dia
No que tange a rebeldia
Do sonho revolução
Parabela feito bala

Exorta o vírus da fala
Onde o amor se instala
A violência resvala

No mel de sua beleza
Favo de luz posto à mesa
Pro apetite da abelha.

geraldo maia - Salvador-Bahia

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Janela

Tua boca exalava
o hálito da primeira manhã
e o teu gosto de amor
penetrava-me
como o brilho do sol
na minha janela.

Maria Maria

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Epitáfio para as duas flores

Para Kátia e Jaianne

Nós brincávamos no jardim da nossa infância,
na floresta onde mora a alegria.
Éramos pássaros livres na distância,
no suave céu da fantasia.

Nosso tempo de flores coloridas
com bonecas, casinhas e florais.
Tempos doces que marcaram nossas vidas
como as doces poesias madrigais.

Eram tempos de encontros escondidos
nas pracinhas do caminho-Seridó.
Eu gritava de euforia, tempos idos
__ Nossa vida é de flores, nunca só.

Mas o vento soprou em redemoinho
na real velocidade de um tufão.
E no céu, as folhinhas foram indo
como as penas leves de um faisão.

Ora, ora! Nossa vida não é mais aqui e agora.
É no céu, junto aos anjos, em turbilhão,
é nos braços de Deus, na aurora
nos jardins que enfeitam o coração.


Professora Maria José Gomes

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Matinal

Cinco da manhã:

o silêncio do sonho,

a hora doce do sono

(melhor das horas)

e o padeiro trazendo

os primeiros ecos

de poesia.

Maria Maria

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Poema de ausência

A razão me farta,
atropela a emoção
e a poesia não
se faz mais silo
nesse sertão
de palavras rotas,
de versos vagem,
de troncos finos
de algodão.

Maria Maria