quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


Menina da Terra

Como terra que se compra,
fui lavrada numa manhã.

Não fazia sol e as nuvens
-sereníssimas-

e pouco afeitas a certos desafios
foram se dispersando:

Passarinhos e carneirinhos
transformaram-me numa menina-poesia.

Foi naquela manhã sem sol
às margens do Sertão do Seridó.

Maria Maria

3 comentários:

Anônimo disse...

Naquela tarde ao invés de você nascer, você choveu...

ADELSON APRÍGIO FILGUEIRA disse...

Marré, você está sempre bulindo com o sertão que há em mim. Um beijão e parabéns pela escrita leve e de qualidade.

BAR DO BARDO disse...

Boa carga de reminiscências...