quinta-feira, 4 de junho de 2009


Poema dedicado a Oswald Andrade
e ao movimento antropofágico


Digestão


Comi:
tapioca,
paçoca,
mandioca
(com chá de manjericão)
Arrotei um índio,
quando fiz
a digestão.

Maria Maria

4 comentários:

Moacy Cirne disse...

Um poema antropofágico-oswaldiano: beleza pura, com arroto e tudo o mais.. Gostei, gostei.

Um beijo.

Oreny Júnior disse...

Maria
Segue esse poema para juntar-se a esse seu índio oswaldiano. Belo trabalho esse seu...

abaporu
tupi
or
not
tupi
tarsiwald
tarsila
amora
amorável
d'amaral
drummond
andrade
minas
itabira
bira
mira
alvo
transparente
branco
blanco
octávio paz
a espécie poética
que lavra
e ara
a palavra
ao encontro
da alma literária
de si mesmo
de todos nós
antropofagia
arrote
o egoísmo
inumano

abração

Oreny Júnior

Canto da Boca disse...

(e a tapioca continha as especiarias da índia?)

É sim um belo poema!
;)

líria porto disse...

que réiva!!! esse eu tinha que ter escrito!!!
aplaudo-te!!
besos