sexta-feira, 29 de abril de 2011


O dorso dos anjos

Minhas asas foram cortadas
-ao nascerem, sob a lua-
naquele quinto de hora noturna.

Parte delas esvoaçava-se pelo chão.
Só penas e eu
sentimos pena de mim.

Com o tempo
- o tempo passa-
refiz meu dorso.

E minhas penas,
antes, espalhadas pelo chão,
viraram livros e voam na imensidão.

Maria Maria

2 comentários:

Iara Maria Carvalho disse...

seus versos voam até a mim, leves, leves.

lindo esse poema, menina!

tô de volta à blogosfera, espero que me visite com suas palavras doces, tão doces.

beijos,

iara maria

Josias de Paula Jr. disse...

Puxa! Lindo poema! Lindo mesmo.

Se você permitir, gostaria de fazer referência a ele em meu blog, o http://inscritosempedra.com/ Caso julgues que o espaço é digno de te reproduzir.

Colocaria, evidentemente, o link para cá.

Parabéns! Fica com um abraço fraterno