Bagagem
Trago na mala de viagem
um pouco de cinza:
na mão, um punhado
(de algodão),
um cheiro de terra
materna,
um amuleto de xelita,
um vestidinho de chita
bordado com imensidão,
trago também um baião,
amarrado na cintura,
um pouquinho de amargura
derramado pelo chão.
E se mal já fiz um dia
trago um pouco de alegria
e a certeza do perdão.
Maria Maria
2 comentários:
Maria Maria
Nunca me arrependo de passar por aqui!
Magnífico poema!
Beijos
Mirze
E quem não quer essa bagagem? Lindo poema! Parabéns!
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