Voa, Maria! Dá horizonte azul às tuas asas! Releva teus espantos Revela teus encantos Desfaz com um poema os tais quebrantos. E traz o teu sorriso desse tanto.
Chicosol (Chico Alves)Natal-RN
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Bagagem
Trago na mala de viagem um pouco de cinza:
na mão, um punhado (de algodão), um cheiro de terra materna, um amuleto de xelita, um vestidinho de chita bordado com imensidão, trago também um baião, amarrado na cintura, um pouquinho de amargura derramado pelo chão.
E se mal já fiz um dia trago um pouco de alegria e a certeza do perdão.
Maria Maria
sábado, 15 de maio de 2010
Metades
Minhas duas metades são medidas pela metade.
Metades temporais e antagônicas.
A metade de antes é doída e doida.
A metade de hoje, não se sabe.
É, acima de tudo: metade.
Maria Maria
Foto: web
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Um poema- resposta para uma criança que perguntou ao poeta como era ser pássaro
Ser pássaro é assim: come o que deseja, pula de galho em galho, canta em assembléia, ouve o canto de outros pássaros, mora em qualquer lugar e leva no seu pequeno coração a morada da liberdade.
Maria Maria
terça-feira, 4 de maio de 2010
Acúcar
O mel só tem sentido se adoçado com o açúcar de tua boca.
Maria Maria
* Esse poema também está no blog www.naspontasdosversos.blogspot.com
domingo, 2 de maio de 2010
A quarta Para meu vô, Justino
A quarta de vovô não era a quarta-feira de cinzas.
A quarta de vovô não era de tintas.
A quarta de vovô guardava a água todos os dias.
Não era uma quarta parte do todo
Era uma quarta onde havia guardada nela: água, amizade, saudade, alegria.