sexta-feira, 25 de dezembro de 2009



Beco da lama


O beco estreito
da velha cidade
guardou os deleites
dos grandes amantes.

O beco estreito
da velha cidade
guardou uma pedra
de diamantes.

O beco estreito
da velha cidade
guardou as memórias
dos navegantes.

O beco estreito
da velha cidade
beco da troca,
beco da trama.

O beco estreito
da velha cidade
foi beco da dama,
o Beco da Lama.

Maria Maria

Imagem: Overmundo

6 comentários:

Moacy Cirne disse...

Você e o beco.
Você e o poema
Você e o Balaio.
Você e um abraço.

José Carlos Brandão disse...

Lindo, Maria. Um poema de Natal.
Vontade de chorar / mas me calo, repleto (o poema, Drummond, escreveu cantar, mas a vontade, com o perdão da heresia, é minha).
Beijos.

Unknown disse...

Uma maravilha, Maria! As esquinas do Beco estão em festa celebrando sua homenagem.
Abraços e feliz novo ano.
Alex

ADELSON APRÍGIO FILGUEIRA disse...

Marré, a cidade talvez não seja mais minha; mas, eu ainda sou do beco da lama.
Um beijão e sucesso!
ADELSON

fernando disse...

nossa maria esse poema é muito lindo. lindo como você um abraço

Maria José Mamede disse...

Como sou das mais velhas, caminheira, agora dos blogs e e-mails da vida,não poderia, nem se quizesse, esquecer o Beco da Lama, em Natal. Não eram "farras" - isso não existia. Eram os caminhoa para o Instituto de Música do Maestro Waldemar de Almeida; das lojinhas; da Livraria de Walter Pereira - talvez; próximo ao Cine Rex, sim, nas matinées, todos os dias.
Por isso, abenço-o, bendigo-o.
Tinha 15 anos e a Rua 13 de maio - hoje, Princeza Isabel - era meu lugar de sonhos e desejos.
Abraços de MJosé.