domingo, 24 de maio de 2009


Renda

Mamãe,
sentada no tamborete
tecia com alfinete
um rolo de bico.

Os bilros,
deslizando pelos dedos,
trançavam um filete
de fuxico.

Mamãe,
sentada no tamborete
ainda com alfinete, dizia:

“Menina, pega uma caneta,
senta na maleta
e vá escrever poesia”.

Maria Maria

9 comentários:

Canto da Boca disse...

Por que será que as maes sempre tem razao? Eu adoro estar aqui e sentir nas fibras, a vibraçao que é tecida a partir do regionalismo que brota do regionalismo. Me sinto em casa, vou sentar no tamborete e apreciar essa renda traçada, filigranada das mãos da experiência.
Um grande beijo.
;)

Oreny Júnior disse...

Maria

Sua poesia tece um sentimento, comparado com um cafezinho servido às 3 da tarde acompanhado com um pedaço de brote doce...

Abraços

Oreny Júnior

Jeanne Araujo disse...

menina, vc nos surpreende e emociona a cada poema novo. bjos maria maria do seridó...

José Carlos Brandão disse...

Que lindo!
As palavras simples e exatas, com sabor doméstico, meio de antigamente, muito íntimo, gostoso de ler. Viva, Maria Maria!

Um beijo.

Unknown disse...

Sua capacidade poética de sintetizar sentimentos é demais!!!

Moacy Cirne disse...

Oi,

Republiquei um poema seu no Balaio de hoje, tã?!?

Beijos.

Unknown disse...

Minha cara Maria poeta do Seridó,
Seus versos estampam, dando cores e sabores às páginas do Grande Ponto.
Beijos
Alex

Daufen Bach disse...

Olá Maria,

Parabéns...lá em casa era o contrario:
"menino largue mao de sonhar acordado, pega a enxada...vamos...rs"

abraço procê!

bjos.

Patrícia Lara disse...

Olá, Maria!

Eu vim hoje me despedir de vc.

Estou fechando o meu blog e não sei ao certo quando vou voltar.

Então, quero agradecer o seu carinho com os comentários lá nos meus escritos, agradecer a amizade e dizer que, apesar de pouco tempo, foi muito proveitoso pra mim essa troca.

Virei te visitar, viu?

Um grande abraço e tudo de bom pra vc!

Patrícia Lara