
UTOPIA
Às vezes ser pedra, queria: dura, firme e opaca. Queria ser, em certas temporadas, tão seca como uma folha outonal: stric, stric, stric...! Sem nunca ter sido primavera. Há horas em que eu gostaria de ser vidro para partir-me em fragmentos e deixar-me retesada sem a força do vento, impulsionando-me à frente. Tempo há em que a alma dilacera e o corpo chora, chora mesmo, pelos poros de uma tez amadurecida. E a chuva cai! Granizos rompem telhados que impedem uma noite de amor entre os gatos. Tudo na meia estação ou em um inverno de sentimento gélido, de amores mal amados. Mas, o verão me diz que a minha palavra nua sempre será perdoada e que, com ou sem gatos no telhado, terei uma linda noite de amor com meu parceiro imaginário.
Maria Maria
Às vezes ser pedra, queria: dura, firme e opaca. Queria ser, em certas temporadas, tão seca como uma folha outonal: stric, stric, stric...! Sem nunca ter sido primavera. Há horas em que eu gostaria de ser vidro para partir-me em fragmentos e deixar-me retesada sem a força do vento, impulsionando-me à frente. Tempo há em que a alma dilacera e o corpo chora, chora mesmo, pelos poros de uma tez amadurecida. E a chuva cai! Granizos rompem telhados que impedem uma noite de amor entre os gatos. Tudo na meia estação ou em um inverno de sentimento gélido, de amores mal amados. Mas, o verão me diz que a minha palavra nua sempre será perdoada e que, com ou sem gatos no telhado, terei uma linda noite de amor com meu parceiro imaginário.
Maria Maria
4 comentários:
Parceiro imaginário: a prosa que se quer poesia. Amores mal amados: palavras bem amadas. Beijos.
inverno: caem amareladas das árvores as folhas e os amores caducos... faz parte.
=*
a prosa e o verso lhe são grandes companheiros!
beijos...
Iara
gatos pelo telhado? hum...grande idéia! pode mandar que tomo conta de todos! rsrsrsrsrsrs
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