terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A árvore de Natal de minha infância não era alta como os pinheiros europeus. Não tinha longas folhagens brancas de neve, bolas de cristais coloridas e nem festões comprados nas lojas da cidade. Não. Era uma árvore feita pela minha mãe, com algodão-mocó enrodilhando os galhos de cipó do mato, pendurando cascas de ovos pintadas com tinta imitando as cores da festa. Uma árvore bastante seridoense! Na noite de Natal, eu vestia meu melhor vestido, meu sapato branco de lacinho rosa e minha meia de renda. Usava no cabelo liso e longo, uma fita cor de rosa combinando com o laço do sapato e um brinco de ouro em forma de balãozinho. Na Noite de Natal, eu era a menina que queria ver o Menino Jesus. Hoje, o meu Natal não é o mesmo do tempo em que eu sonhava com as borboletas. É um momento em que as minhas esperanças de ver o mundo melhor aumentam e começo a enxergar o Menino Jesus com olhar de quem acredita que o homem tem jeito, que eu tenho jeito, que todos nós temos chance de consertar o que já fizemos de ruim para o planeta. Feliz Natal e Feliz Ano Novo! Maria Maria

Um comentário:

José Carlos Brandão disse...

Eu não tinha árvore de Natal, que pena.
Hoje sonho com a árvore de Natal que não tive.
Um Feliz Natal e um Feliz Ano Novo para você.