
Antídoto
Para salvar o amor;
uma dose de acalanto:
mistura fatal de volúpia e canto
na ânsia de aniquilar o dissabor.
Para acabar com a dor,
a lágrima, o medo, o pranto:
carinho, ternura, paixão encanto
sem haver vencido ou vencedor.
Que veneno, que química me abrasa,
que me corrói tal qual dor dolorida?
Onde anda a paixão, bicho de asa,
nesse vale de amor sob medida?
E, se dos olhos a lágrima vasa,
como quem sente a alma combalida,
não detenha o choro, nem volte pra casa
são soluços da alma adormecida.
Maria Maria
2 comentários:
dê liberdade ao poema, o amor é livre, vc é brasa, filha da caatinga...
Tenho me encantado cada vez mais com as suas poesias-antídoto.
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