quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dizeres


Eu teria tanto a te dizer:

se não fosse o arco em teu dedo,

se não fosse minha voz que emudece,

se não fosse o tempo tímido,

se não fosse o medo de perdê-lo inteiro,

se não fosse a insegurança em falar-te,

se não fosse o desejo incontido de me jogar a teus pés,

se não fosse a aurora da manhã que chega rápida demais,

se não fosse

se não

se...

fostes!

3 comentários:

Maria Maria disse...

Pessoal,

Este foi o último poema do ano de 2011.Ele é dedicado a um certo cavalheiro invisível. Espero ter inspiração para continuar produzindo no ano que chega.

Beijos e Feliz 2012!

Maria Maria

José Carlos Brandão disse...

Feliz Ano Novo, Maria Maria.
O velho está morrendo!... Viva o Novo que chega!
Festejemos as alegrias e dores do Velho e as alegrias e dores do Novo!
Viva a vida!

Abraços.

Cachinhos Tostados disse...

Se fostes meu!
O seu cavalheiro e o de muitas mulheres se encaixam aqui. O meu cavalheiro não possui arco no seu dedo, mas por enquanto só posso chamá-lo de meu cavalheiro, por enquanto. Eu não vejo a hora de por enquanto encerrar.
Lindo poema!
Abraços!