sábado, 3 de dezembro de 2011


Antídoto

Para salvar o amor;
uma dose de acalanto:
mistura fatal de volúpia e canto
na ânsia de aniquilar o dissabor.

Para acabar com a dor,
a lágrima, o medo, o pranto:
carinho, ternura, paixão encanto
sem haver vencido ou vencedor.

Que veneno, que química me abrasa,
que me corrói tal qual dor dolorida?
Onde anda a paixão, bicho de asa,
nesse vale de amor sob medida?

E, se dos olhos a lágrima vasa,
como quem sente a alma combalida,
não detenha o choro, nem volte pra casa
são soluços da alma adormecida.


Maria Maria

2 comentários:

Oreny Júnior disse...

dê liberdade ao poema, o amor é livre, vc é brasa, filha da caatinga...

O Renascimento da Vênus - Mamafrei disse...

Tenho me encantado cada vez mais com as suas poesias-antídoto.