quarta-feira, 15 de abril de 2015

Flores de novembro


Logo que a chuva debulhar
seu colar de cristais, chame-me,
preciso ver o tempo azul-vidro.

Logo, bem logo a chuva deite-se felina,
insinuando-se estadia, mesmo temporária,
chame-me, preciso ver seu vestido descosturando-se
sobre nossa terra.

Logo que ela, temporã, derrame-se sobre o chão que chora,
chame-me, quero ver a vida renascendo nessa tarde de sol,
em meio às flores de novembro.


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