domingo, 28 de setembro de 2008


Crateras

Nas crateras do meu tempo
tu ocupas o pensamento,
ruindo meu coração.

Nas crateras do meu tempo
vais rompendo esse silêncio
que sufoca minha razão.

Nas crateras do meu tempo
eis ladrão do meu lamento
que rouba a minha ilusão.

Nas crateras do meu tempo
vais compondo, preenchendo
um tempo que não diz não.

Das crateras do meu tempo
vou tangendo o sofrimento
que assola a minha paixão.

Das crateras do meu tempo
eu liberto, eu rebento...
abro os olhos pra’imensidão.

Maria Maria

4 comentários:

Moacy Cirne disse...

As crateras de seu tempo abrem-se para a poesia. E para o horizonte de nossas paixões.

CASSILDO SOUZA disse...

Sua poesia preenche qualquer cratera. Porque é assim que vejo a poesia: algo destinado a preencher a alma.
Parabéns Maria Maria. Acompanhei o Programa "Falando de você", pelo Canal 5. Muito boa a sua participação.
Um abraço.
Cassildo Souza

Grupo Casarão de Poesia disse...

Uma poesia pulsante. Verdadeiramente linda.

Abraços poéticos!

Iara Maria Carvalho disse...

Menina, aqui tudo pulsa a navios e pérolas rolando, cheiros de rosas, mãos se tocando. Sensual como nunca!

Beijos...